MEU CASTIGO
Vejo em sua fotografia
as marcas deixadas pelo tempo,
que, ao passar como o vento,
vão aumentando minha agonia.
Seu retrato, hoje amassado,
pelas vezes em que o apertei
forte ao peito e chorei
sua partida, amargurado,
ainda trago comigo
bem guardado e escondido,
para que ninguém venha a saber
que meu maior castigo
foi não poder ter vivido
a seu lado com alegria e prazer.
Nova Serrana (MG), 12 de junho de 2006.