BATOM NEGRO
Enquanto passa o tempo
lento, calmo e vagaroso,
vejo a vida, desgostoso,
num profundo ressentimento.
Tudo tínhamos de belo e bom.
Amor recíproco, ternura e paz,
nos sonhos que ficaram para trás
perdidos na dor escondida do batom
negro que deixou o luto
gravado em meu rosto.
Desde que ela partiu
num cortejo de silêncio absoluto,
deixando-me este desgosto
amargo, cruel e sombrio.
Nova Serrana (MG), 30 de fevereiro de 2008.