BATOM NEGRO

Enquanto passa o tempo

lento, calmo e vagaroso,

vejo a vida, desgostoso,

num profundo ressentimento.

Tudo tínhamos de belo e bom.

Amor recíproco, ternura e paz,

nos sonhos que ficaram para trás

perdidos na dor escondida do batom

negro que deixou o luto

gravado em meu rosto.

Desde que ela partiu

num cortejo de silêncio absoluto,

deixando-me este desgosto

amargo, cruel e sombrio.

Nova Serrana (MG), 30 de fevereiro de 2008.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 19/09/2017
Código do texto: T6118717
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