FÚNEBRE SALMO
Ela se aproximou de mim
num jeito estranho, mas, calmo,
cantando um fúnebre salmo
que me mostraria o fim.
Fui ficando meio tonto
e sem saber o que fazer.
Vi-me a seus pés em desprazer
por saber que naquele ponto
era minha última parada.
E dali para frente
mais nenhuma gente
haveria de me ver
nem meu nome dizer,
pois a morte estava a mim abraçada.
Nova Serrana (MG), 29 de dezembro de 2007.