BOCA CERRADA
Seu lindo sorriso
agora dorme,
ao apagar a luz
dos olhos oculta
num profundo sono.
De sua boca cerrada
nunca mais
ouvirei nenhum sim...
Seus ouvidos
não mais me atenderão.
Suas macias mãos
não mais me afagarão,
enquanto cruzadas
sobre o peito descansam
plácidas pelo funesto tempo.
Seu delicado nariz
respira sob
tênue véu
no gosto gélido
de uma despedida
o ar da desilusão,
pois tudo que sonhamos
está agora consumado.
Nova Serrana (MG), 28 de agosto de 2007.