BOCA CERRADA

Seu lindo sorriso

agora dorme,

ao apagar a luz

dos olhos oculta

num profundo sono.

De sua boca cerrada

nunca mais

ouvirei nenhum sim...

Seus ouvidos

não mais me atenderão.

Suas macias mãos

não mais me afagarão,

enquanto cruzadas

sobre o peito descansam

plácidas pelo funesto tempo.

Seu delicado nariz

respira sob

tênue véu

no gosto gélido

de uma despedida

o ar da desilusão,

pois tudo que sonhamos

está agora consumado.

Nova Serrana (MG), 28 de agosto de 2007.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 09/09/2017
Código do texto: T6109421
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