NEGRO MÁRMORE
Murmuro ao ar
que respira do mar,
a maré quente
que me faz sonhar
com seus encantos,
enquanto canto
sobre o tempo
que leva nos ventos
frios de maio,
a lágrima congelada
sobre o epitáfio
do negro mármore,
que espera por mim.
Do peito escorrega
um último suspiro,
misto de paixão
e dor profunda.
Talvez o maestro
não estará por perto
pra reger nossa canção,
e num silêncio eterno
dentro do meu terno
receberei seu adeus
ao beijar o rosto meu
dentro de um caixão.
Nova Serrana (MG), 22 de agosto de 2009.