NEGRO MÁRMORE

Murmuro ao ar

que respira do mar,

a maré quente

que me faz sonhar

com seus encantos,

enquanto canto

sobre o tempo

que leva nos ventos

frios de maio,

a lágrima congelada

sobre o epitáfio

do negro mármore,

que espera por mim.

Do peito escorrega

um último suspiro,

misto de paixão

e dor profunda.

Talvez o maestro

não estará por perto

pra reger nossa canção,

e num silêncio eterno

dentro do meu terno

receberei seu adeus

ao beijar o rosto meu

dentro de um caixão.

Nova Serrana (MG), 22 de agosto de 2009.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 07/09/2017
Código do texto: T6107115
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