Mortos-Vivos
Para aonde irão as almas,
com o enegrecer da existência?
pergunto-me se estarão calmas,
em meio à perdurável ausência.
Na realidade inelutável e etérea,
percebe-se a matiz metafísica,
sonhar com a bruma funérea,
docemente findar a vida tão tísica.
Tal qual odisseia, Virgílio guiou Dante!
Mas não posso ao mundo dos mortos vagar,
voar em meio àquela treva esvoaçante,
para a algum espectro então indagar.
Despeço-me da idade outrora querida,
a que nos entrega à própria sorte,
quero evadir-me das incertezas da vida,
inscrever o nome na certeza da morte.
Para aonde irão as almas,
com o enegrecer da existência?
pergunto-me se estarão calmas,
em meio à perdurável ausência.
Na realidade inelutável e etérea,
percebe-se a matiz metafísica,
sonhar com a bruma funérea,
docemente findar a vida tão tísica.
Tal qual odisseia, Virgílio guiou Dante!
Mas não posso ao mundo dos mortos vagar,
voar em meio àquela treva esvoaçante,
para a algum espectro então indagar.
Despeço-me da idade outrora querida,
a que nos entrega à própria sorte,
quero evadir-me das incertezas da vida,
inscrever o nome na certeza da morte.