HÁ POUCAS HORAS

Olho seu corpo inerme e pálido,

ao abrigo de um funesto caixão.

Mal dá para acreditar

que há poucas horas

estivemos juntos e felizes,

com nossos corpos cálidos

envolvidos em uma louca paixão.

Ó meu Deus, eu não posso acreditar

que este corpo que vejo

é o mesmo que me fez delirar,

envolvido em seus braços e beijos

há poucas horas.

Que tristeza e amargura!

Que dor tão forte e profunda

eu sinto neste momento.

Como pode isto acontecer?

Ela que, há poucas horas,

eu deixei tão linda, tão formosa.

E agora me dá este desprazer

por encontrá-la envolta por rosas,

neste abrigo que me faz sofrer.

Por favor, alguém me acorde.

Abra meus olhos quem puder.

Qualquer um venha, me acuda.

pois, sem esta mulher,

eu não saberei mais viver.

Nova Serrana (MG), 1º de agosto de 2006.

Tadeu Lobo
Enviado por Tadeu Lobo em 10/08/2017
Código do texto: T6079806
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.