Separação
Grita em mim a sua voz que silenciou:
Morrer não é o fim
Preciso acreditar que não
Morrer é transpor a dor
É ir soltando devagarinho a mão
Ninando o desespero...
E sabê-lo dormindo numa canção
Ah, como consola-me saber que dormes...
E que sonâmbulo
Brinda-me com teu riso de menino travesso
Planta no meu avesso
O mito do teu amor
E colha-o em abundância
Sonha pra mim que não existe
este lugar que ao exílio me condenou
Quem pode saber quantas luas ainda me restam
Desse inferno que me toma toda
E que seja somente meu esse tormento
Enquanto, pra você, foi só um momento
De travessia