Setembro Amarelo
Tento matar a dor que me apodrece com o tempo, corrompendo-me.
Engasgaria com as lagrimas, acabaria o lamento.
Penso todos os meses, porque não Setembro?
O Sol sempre foi amarelo, mas as nuvens cinza mostram meus dias.
Valentes aqueles que conseguiram. Não esperaram pelos versos hesitantes, apenas buscaram sair da fila.
Neste território eu sou o inimigo. Observo o lugar que estou, minha mente viaja até o inferno, a alma chora por não ser digna de estar lá.
Continuo com as cicatrizes, misturadas com o olhar vazio.
Com a coragem haveria paz,
não buscaria retorno,
tão pouco compreensão.
Ninguém sabe o que encontrará no final,
Ninguém espera chegar até o final.
A matéria não vale a pena.
Esperarei até que o silêncio cubra todo com o meu manto roxo,
E finalmente escolherei outro mês.