Setembro Amarelo

Tento matar a dor que me apodrece com o tempo, corrompendo-me.

Engasgaria com as lagrimas, acabaria o lamento.

Penso todos os meses, porque não Setembro?

O Sol sempre foi amarelo, mas as nuvens cinza mostram meus dias.

Valentes aqueles que conseguiram. Não esperaram pelos versos hesitantes, apenas buscaram sair da fila.

Neste território eu sou o inimigo. Observo o lugar que estou, minha mente viaja até o inferno, a alma chora por não ser digna de estar lá.

Continuo com as cicatrizes, misturadas com o olhar vazio.

Com a coragem haveria paz,

não buscaria retorno,

tão pouco compreensão.

Ninguém sabe o que encontrará no final,

Ninguém espera chegar até o final.

A matéria não vale a pena.

Esperarei até que o silêncio cubra todo com o meu manto roxo,

E finalmente escolherei outro mês.

Cassandra Oliver
Enviado por Cassandra Oliver em 22/07/2017
Reeditado em 31/08/2022
Código do texto: T6061913
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