Morte
Quando a morte bate à nossa porta...
Questionamos o que fazer, dizer e pensar
E aprendemos do jeito mais doído que não controlamos nada
Então choramos até a última lágrima.
Quando a morte bate à nossa porta...
Refletimos sobre a vida
Lembramos das perdas e dos ganhos
E que todos os títulos, cursos, diplomas não servem mais.
Quando a morte bate à nossa porta...
Repensamos os nossos atos
O tudo que foi feito e o que não foi
A casa, o carro, a poupança para quê?
Quando a morte bate à nossa porta...
Abre uma dor imensurável na alma
Um sofrimento eterno no pensamento
Fica a saudade da família e dos amigos.
Quando a morte bate à nossa porta...
Não há lamentos dos amores que vivemos
Mas do amor que não tivemos ou não demos
Jaz a paixão, o sexo, o amor, a vida.
Quando a morte bate à nossa porta...
Bate a vontade de estar nos lugares que não conhecemos
Surge uma revolta dos livros que não lemos
A tristeza pelas árvores que não plantamos.
Quando a morte bate à nossa porta...
Tentamos barganhar mais um tempo
Escrever a nossa história sem borracha
Cortamos o inútil e (re) começamos a viver!