O DIA DO ADEUS*
À escritora e poetisa Neuza CLAlmeida.
Estou indo embora...
Este é o dia do meu adeus.
O trem já deu o seu último apito
e não posso mais ficar,
pois é chegada a minha hora.
Foi muito bom ter compartilhado,
com você, muitas coisas boas.
Foi bom ter vivido aqueles,
bons e agradáveis momentos,
em que estivemos juntos.
Agora, preciso ir,
pois este, é o dia do meus adeus.
Aqui nesta estação, de onde estou partindo,
certamente muitos de nossos
parentes e amigos, também já partiram
para não mais voltar.
E hoje, é chegada a minha vez...
Pois este é o dia do meu adeus.
Por favor, não chore por mim,
antes, dê me um sorriso novo.
Um sorriso alegre, como aquele
do nosso primeiro dia, lembra-se?
Não sufoque seu coração, na dor
ou ainda em tristezas infindas.
Antes, lembre se
de que nos fora prometido,
que haveremos de nos encontrar,
algum dia, em algum lugar.
Talvez no além, não estou bem certo,
mas haveremos de nos encontrar.
E nesse dia, quero receber seu sorriso alegre
a confirmar, novamente um novo encontro,
onde seremos eternamente felizes.
Estou indo embora, pois,
este é o dia do meu adeus.
É chegada a minha vez...
Por favor, não chore por mim.
Quando a saudade vier lhe visitar,
cante aquela canção, que juntos
gostávamos de cantar.
Olhe as flores à sua volta,
e respire bem fundo,
o perfumes de cada uma delas.
E lebre se, de que nos fora prometido,
que haveremos de nos encontrar,
algum dia em algum lugar.
Talvez no além, não estou bem certo,
mas haveremos de nos encontrar.
Estação do Cercado (MG), 16 de junho de 2017.