De presente ou de lambuja
assim como laranja madura
no meio de uma estrada escura
eu lhes deixo uma vontade...
 
De matar ou de morrer
 
E então vocês fazem aquela festa
onde todos de preto choram e uivam
mais gostosa que Marilyn,
mais importante que a rainha...
 
Nos cemitérios dessas noites quentes
 
Eu lhes deixo todas as drogas
mas nada é mais impossível de salvar
do que de vocês mesmos
é irônico...
 
Eu sempre volto.
 
Às vezes sou desejada,
Às vezes desgraçada
Evocada.
 
Morreu um assassino, morreu um ditador...
Uma lamina no ventre do humilde
Filho de pescador...
perdida... fugindo à deriva no mar...
 
A jangada do traidor.