O BEIJO

O BEIJO

E o bejo da Morte foi

De uma dormência tanta

Que os olhos apetecidos de vida

Cerraram-se numa morte mansa!

E os lábios saciados enfim

Dormiram um sono brando

Na oscilação constante da luz

Do fogo da vela queimando!

E o hálito de perfumes que vinha

Das pálidas e tristes roseiras,

Deixava saudades no vento

Entorpecendo os sonhos que tinha.

E a lascívia da Morte que veio

Nos seios de uma mulher,

Causou aos olhos, um encanto…

Extasiando o orgasmo de morrer!

E o abraço da Morte foi

De uma dormência tanta

Que meu corpo esquecido de vida,

Deitou-se numa morte mansa!…

Ale Silva
Enviado por Ale Silva em 10/05/2017
Código do texto: T5995018
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