O BEIJO
O BEIJO
E o bejo da Morte foi
De uma dormência tanta
Que os olhos apetecidos de vida
Cerraram-se numa morte mansa!
E os lábios saciados enfim
Dormiram um sono brando
Na oscilação constante da luz
Do fogo da vela queimando!
E o hálito de perfumes que vinha
Das pálidas e tristes roseiras,
Deixava saudades no vento
Entorpecendo os sonhos que tinha.
E a lascívia da Morte que veio
Nos seios de uma mulher,
Causou aos olhos, um encanto…
Extasiando o orgasmo de morrer!
E o abraço da Morte foi
De uma dormência tanta
Que meu corpo esquecido de vida,
Deitou-se numa morte mansa!…