Doce Morte
"Não se ensaia sobre a Morte.
Não se prepara para recebe-la.
Ela é como um ladrão que chega na ponta do pé a noite.
É atriz principal que invade o palco da vida e faz os outros atores se calarem.
Não só eles: o cenário, o narrador e até mesmo a platéia não tem vez diante dela.
Ela é uma música cantada com lágrimas.
Ela é poesia que o silêncio recita.
Ela chega e ao mesmo tempo deixa saudades.
A última mão que seguramos antes de partirmos.
O mais doce e mortal beijo dado em nossa alma.
E a única certeza de nossa existência."