MINHA EXISTÊNCIA
A vida e a morte nunca andam juntas.
Quando uma vem, a outra vai.
São caminhos distintos,
e por onde elas passarem,
sempre deixarão alegria ou dor.
Quando me lembro de minha existência,
sinto um grande frio por dentro,
por saber que também eu, em algum dia,
terei que partir igual a tantos
parentes e amigos, que já se foram.
Bem sei que a vida ou a morte
é somente uma questão de existir.
Pode ser que eu ainda viva
por alguns longos anos,
ou quiçá, venho a morrer
com tantos desenganos.
Não me julguem, desencantado.
O que sou na verdade, nem mesmo eu,
seria capaz de lhes decifrar.
Sei que existo, pois já ouvi
alguém falando de mim.
Não é fácil ser eu mesmo,
por isso as vezes me fantasio.
Interpretar meu próprio papel
nem sempre se torna algo agradável.
Por isso, quando me lembro
de minha existência,
sinto um frio por dentro
por saber que também eu, em algum dia,
terei que partir igual a tantos
parentes e amigos, que já se foram,
por caminhos distintos,
ou seria caminhos destingidos?
Estação do Cercado 29 de março de 2013.
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