O BEIJO DA ARANHA

A aranha começou tecendo sua teia.

A teia depois de pronta brilhou ao sol.

Vi a aranha no centro da teia ficar.

O olhar da aranha chamou-me a atenção.

Imaginei que para ela sou gigante.

Depois de algumas horas vi um inseto

ficar preso na armadilha muito bem preparada.

Os fios da teia balançaram e a aranha viu a presa.

Movimentou-se rápido até ela.

Começou lançando teia sobre o inseto.

Depois dele preso no bolo da teia

percebi a aranha dar o fatal beijo.

O inseto deixou de se contorcer e morreu.

O beijo de morte da aranha tirou a vida do inseto.

Depois disso a aranha voltou ao centro da teia.

Foi esperar outra presa nela cair.

Pensei em destruir aquela armadilha.

Mas aquela forma de vida também tem fome.

Deixei a aranha ficar na teia quieta.

Sai de perto da teia que ao sol brilhava.

Depois de algumas horas voltei para ver a teia.

Já não tinha o brilho do sol na teia tecida na árvore.

Havia na armadilha delicada outras formas de presas.

Algumas estavam envolvidas por teia.

A aranha havia também comigo algumas delas.

O beijo da aranha selou a vida de todas elas.

Ainda bem que não sou inseto.

Para a aranha sou um ser gigante.

Ela tende a fugir se eu a tocar.

Portanto deixei a aranha na teia ficar.

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BELO HORIZONTE, 21 DE FEVEREIRO DE 2017. MG.

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