Fatalidade

Estou inerme, abandonei

minha face no espelho,

fraquejei em seus braços,

murmurando.. sonhei.

No desalento, minha

lembrança afastou-se.

E jurou arfar até a

matéria morrer.

Minha alma amortalhada

vazia e precária.

Vagava, eu, na obscuridade

de mim mesmo.

A vertigem me consolava

na desgastada estrada,

do sepulcro de meu corpo.

Atordoado, espectro e morto.

Gemi na podridão do

meu ser, meu coração

putrefato, funesto..

Esvaído em chamas.

Lastimo, choro.. no

incessante destino.

E triste soluço

pela vida agora.

Cindindo no pranto

do azul profundo.

NiiMei
Enviado por NiiMei em 30/01/2017
Reeditado em 30/01/2017
Código do texto: T5897479
Classificação de conteúdo: seguro