Fatalidade
Estou inerme, abandonei
minha face no espelho,
fraquejei em seus braços,
murmurando.. sonhei.
No desalento, minha
lembrança afastou-se.
E jurou arfar até a
matéria morrer.
Minha alma amortalhada
vazia e precária.
Vagava, eu, na obscuridade
de mim mesmo.
A vertigem me consolava
na desgastada estrada,
do sepulcro de meu corpo.
Atordoado, espectro e morto.
Gemi na podridão do
meu ser, meu coração
putrefato, funesto..
Esvaído em chamas.
Lastimo, choro.. no
incessante destino.
E triste soluço
pela vida agora.
Cindindo no pranto
do azul profundo.