Despedida

A ti dou o meu amor, sem nada pedir adiante

Em pensamento levo-te, nada posso almejar

Na pele seu perfume inebriante

Sublime martírio que preciso deixar

Doce castigo esse amor murmurante

Pois sei que nada hei de levar

Deixo esta vida como um retirante

Em busca do meu eu alcançar

Coloco-me nessa estrada torturante

Levando na memoria seu olhar

De brilho tal qual diamante

Que não mais poderei contemplar

Na garganta, um grito sufocante

A vontade imensa de ficar

Dos seus abraços minha eterna amante

Poderei apenas recordar

Falo-te aqui como um declamante

Mais bela que tu Ele não criará

Mesmo sendo essa vida inconstante

Sei que a ti tornarei a encontrar

Pois tenho a certeza ainda restante

Que tu nasceste para me alegrar

Fátima Penna Dias
Enviado por Fátima Penna Dias em 15/12/2016
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