Receptáculo

Como mãos que passavam por suas pernas e subiam ao pescoço, apertando a pele até se tornar avermelhada.

A dor era quem estava dilacerada e corroída, matava e era morta.

Vagarosamente, muito mais para torturante, o ponteiro voltava a onde havia partido.

Não havia remorso, rancor ou quaisquer sentimentos. A dor era apenas um hóspede, talvez, não muito bem vinda.

Sim, o som estava acabando, a cor estava sumindo... O mundo estava escoando.

Os batimentos cardíacos não passavam de uma ilusão sombria.

O corpo desprovido de vida foi ao encontro do chão, se afundando em suas próprias verdades.

Só depois de perdemos tudo, estamos livres para fazer qualquer coisa.

Luisa Grzesczyczen
Enviado por Luisa Grzesczyczen em 24/11/2016
Código do texto: T5833113
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