DIES MORTUORUM

Homem de curare

de quebranto e esgares

se Rios e cachoeiras amares

se não destruíres os mares

se não te abandonares

se não te descuidares

do pano da vida

rocas e rodas

dos teares e seus fios

que tecem terras e ares

cosem as malhas dos rios

Homem de mandrágora

se abandonares

teus odios

teus esgares

tua indiferença

se tiveres amores

tanto como há mares

o melhor há de haver

a sina de morte

há de perecer

agora

homem de cicuta

que não escuta o planeta

que destrói as gentes

que amarfanha sedas

faz dos povos farrapos

andrajos indigentes

do que era guapo então

do que era bonito então

o que se perde em vã

Homem de curare

de quebranto e esgares

se Rios e cachoeiras amares

se não destruíres os mares

se não te abandonares

se não te descuidares

do pano da vida

rocas e rodas

dos teares e seus fios

que tecem terras e ares

cosem as malhas dos rios

Homem de mandrágora

se abandonares

teus odios

teus esgares

tua indiferença

se tiveres amores

tanto como há mares

o melhor há de haver

a sina de morte

há de perecer

agora

homem de cicuta

que não escuta o planeta

que destrói as gentes

que amarfanha sedas

faz dos povos farrapos

andrajos indigentes

do que era guapo então

do que era bonito então

o que se perde em vão