falta de sorte
falta de sorte
Que falta de sorte
Num ímpeto impulso
Levei um empurrão escorregou na área no banheiro em frente ao espelho cai com a cabeça no chão
Sangue escorre gritam choram
Chamam socorro em vão
Que falta de sorte no meu melhor dia com tanta alegria foi só um esbarrão venho do nada Num cruzamento aquele caminhão
Uma moto acelerada pegou a contra mão uma bicicleta sem graça falta freio vou direto com a cabeça no Morão o sangue denovo chega pintar o chão
Os curiosos reclamam comentam
Quem ė esse pobre jogado no rabecão
Muitas cirenes bombeiros Samu
Pra mim não tem salvação
Sou delisgado acedo forno deixo o gás por toda região procuro o fósforos te prepara vou sair voando olha a explosão
Sou tão lesado que trabalho no circo e ponho a cabeça na boca do leão mais desde menino era skate patins pipa balão numa nova pescaria nadar na Prainha tudo acabava na mesma situação
Sida a tal da morte
A moça de amarelo do sorriso sem graça que não faz distinção
Seja rico ou pobre da morte não se esconde dela não se fogi não
Estou aqui deitado num último suspiro gelado saindo do meu pulmão fator morte já estalado
Inrigesse todas as articulações
Não sinto dor nem medo nem amor
Nem luz nem rancor
Sinto apenas o abraço desse anjo amarelo que pela meu nome me chamou uma voz estranha
Nada suave nem arrogante
Apenas falou não te espanta
Desse mundo agora me levou
Fica o aviso que num simples
Passeio brinquedo ou partilha
Onde menos se espera
Do nada a vida se abrevia
Choras noite e dia
Alguns por toda vida por ti lamentaria
Então prestem a atenção
Vivam felizes plantem amor
Por que dessa vida mal vivida
Nada mais me restou...
Ricardo do Lago matos