Mórbida Vaidade

Quando ao final da tua vida tu chegares

Não te arrependas dos erros cometidos

Antes foram todos consentidos

Pela tua altivez e vaidade

Lembra-te dos dias em que desprezaste

Ao que conviesse deixar de lado

Do modo com que usaste do trato

Do esquecimento de que te arpaste

Não culpes o destino pelas tuas dores

Visto que foram todas merecidas

E menores do que as que fazias

Ao outros, sem sentir temores

Não te desesperes ao ver a escuridão da noite

Não tenhas medo do fúnebre caixão

Ao modo com que te enterrarão ao chão

Pois esse é apenas o começo dos horrores

Se azar tu tiveres de não ser aprovada

Mas se a pena não for mais pesada do que o coração

Talvez ainda haja perspectiva, então

Para a tua pobre alma desfalecida

Jaime Carvalho
Enviado por Jaime Carvalho em 21/10/2016
Reeditado em 21/10/2016
Código do texto: T5799049
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