Mórbida Vaidade
Quando ao final da tua vida tu chegares
Não te arrependas dos erros cometidos
Antes foram todos consentidos
Pela tua altivez e vaidade
Lembra-te dos dias em que desprezaste
Ao que conviesse deixar de lado
Do modo com que usaste do trato
Do esquecimento de que te arpaste
Não culpes o destino pelas tuas dores
Visto que foram todas merecidas
E menores do que as que fazias
Ao outros, sem sentir temores
Não te desesperes ao ver a escuridão da noite
Não tenhas medo do fúnebre caixão
Ao modo com que te enterrarão ao chão
Pois esse é apenas o começo dos horrores
Se azar tu tiveres de não ser aprovada
Mas se a pena não for mais pesada do que o coração
Talvez ainda haja perspectiva, então
Para a tua pobre alma desfalecida