Suicídio
Vou rumo ao infinito, incomensurável
Deixarei ás migalhas de amor e afeto
Destruirei todos os dogmas e conceitos
Restará o nada, sim apenas o nada
O meu legado é a extrema nostalgia
Aos poucos amigos peço desculpas
Aos entes amados peço sua clemência
Aos inimigos, ah! a eles deixo a indiferença
É tarde, é noite, é o fim e o recomeço
Vou tarde para o meu derradeiro leito
O firmamento me aguarda, como guarda
A eternidade é puramente sublime
Quero que a envolva-me em seu manto
E mantenha-me quedo entre ás brumas
Observando o mar de gerações futuras
Longe dos homens, das figuras obscuras
Este é meu lento e derradeiro lamento
04/08/2016