Vida perdida
Vivera como se fosse o último
dentre todos os guerreiros
que já andaram sobre a terra.
Pensava ser alguém maior
do que de fato era e,
por isso, perdi-me em minha presunção.
Cria ser o melhor,
dentre todos os seres já nascidos.
O único capaz de ser
o que ninguém, até então,
houvera sido.
E perdeu-se em sua crença vã.
Tentara ostentar poder,
que ninguém, antes,
houvera experimentado.
Tentou impor, no grito,
seu recado,
e se perdeu em meio a tirania.
Entendera, enfim,
que a morte chega,
e não somos nada,
que em um piar, da fria madrugada,
podemos ir,
sem nem olhar pra trás.
Partiu, assim,
nem teve tempo pra se despedir,
deixou pra trás seus sonhos, e memórias,
e no primeiro trem,
ao Seol chegou:
e fim.