Vida perdida

Vivera como se fosse o último

dentre todos os guerreiros

que já andaram sobre a terra.

Pensava ser alguém maior

do que de fato era e,

por isso, perdi-me em minha presunção.

Cria ser o melhor,

dentre todos os seres já nascidos.

O único capaz de ser

o que ninguém, até então,

houvera sido.

E perdeu-se em sua crença vã.

Tentara ostentar poder,

que ninguém, antes,

houvera experimentado.

Tentou impor, no grito,

seu recado,

e se perdeu em meio a tirania.

Entendera, enfim,

que a morte chega,

e não somos nada,

que em um piar, da fria madrugada,

podemos ir,

sem nem olhar pra trás.

Partiu, assim,

nem teve tempo pra se despedir,

deixou pra trás seus sonhos, e memórias,

e no primeiro trem,

ao Seol chegou:

e fim.

Yago Marinho
Enviado por Yago Marinho em 26/07/2016
Código do texto: T5710137
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