SONÍFEROS DESEJOS

A morte vive,
E o que renasce já está morto (é um pressuposto),
Assim porque volta a viver,
                              Ressurge.

E a morte não vinga.
          Malícias...          
          Apenas cumpre o seu papel.
Ela é sábia, piedosa e solícita.
          Mas é voraz,
                              Neste ponto - apenas - é que ela não perdoa. 
Então ela é cruel ?!
Ela faz acontecer. Na modéstia de sua parte. 
          Não esmorece... isso, somente,

Mas quem mente não ri contente,
E toma soníferos desejos. 

E a vida é que é injusta - dilemas por demais dilemas... 
                              Sangue, suor, frios - calafrios, e sofridas labutas.
                              Nem sempre a dor, a vida nos amena. 
                              Muitas vezes de si mesmo lamenta. 

E repete-se o dilema, de que a vida é injusta. 
Nem muito pura. Rica e paupérrima. 
Pois ela (vida) não sabe o que quer dela mesma.