SOLILÓQUIOS DA ALVORADA IX (Escorpião)

IX

Morte; amigo cruel (cinismo cênico).

Devora-me a cruz em cinzas vulcânicas;

Imploro a morte como Vida! (Sarcasmo crônico).

Rastejaria se não fosse belo (maldição hedônica).

Ver em ti o sangue oculto dos homens

Tirar do fundo de mim a alma heroica.

Ver renascer em fenecidas imagens,

Despidas do orgulho e dos silêncios desfeitos;

O novo Ser, das vísceras de antigas viagens.

As tirânicas batalhas contra meus defeitos,

Agora não mais me assombram; desalmado feiticeiro!

O teratógeno viver não faz mais efeito…

X

[…]

Hernâni Arriscado - Solilóquios da Alvorada.

Hernán I de Ariscadian
Enviado por Hernán I de Ariscadian em 29/06/2016
Reeditado em 29/06/2016
Código do texto: T5681844
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