RASCUNHOS
O sol se põe,
a tristeza se impõe,
o choro compõe.
O medo dita as regras,
o sonho dita as falas,
o brilho de uma estrela solitária dita o silêncio.
Não vou morrer agora,
não por falta de motivo,
mas por falta de incentivo.
Investigo a morte,
mas ela se diverte.
E se desvia.
E desconfia.
E me atrofia.
Atrofia meu ponto de equilíbrio,
e não sou mais ninguém.
Eu disse que não sou mais ninguém?
Que cômico, eu nunca fui ninguém...