SEMPRE A CORRER
Dos amigos, bem distante hoje estou,
No peito, o coração sempre apertado,
Ao lembrar-se momentos do passado,
Só memória é o que hoje me restou.
Olhando meu passado de infanto,
Pavoroso porque jamais volta o tempo,
(Restam-me as lembranças de acalento)
E isso me traz sempre um grande espanto.
Espanto porque o tempo é cruel,
Engole tudo de segundo a segundo,
Cada dia desperto, é um pouco morrer.
Reflito-me olhando para o céu,
Essa é a engrenagem do mundo,
E para o fim estou sempre a correr.