SEMPRE A CORRER

Dos amigos, bem distante hoje estou,

No peito, o coração sempre apertado,

Ao lembrar-se momentos do passado,

Só memória é o que hoje me restou.

Olhando meu passado de infanto,

Pavoroso porque jamais volta o tempo,

(Restam-me as lembranças de acalento)

E isso me traz sempre um grande espanto.

Espanto porque o tempo é cruel,

Engole tudo de segundo a segundo,

Cada dia desperto, é um pouco morrer.

Reflito-me olhando para o céu,

Essa é a engrenagem do mundo,

E para o fim estou sempre a correr.

Daniel Pereira S
Enviado por Daniel Pereira S em 17/05/2016
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