Ainda que o corpo...

A vida motiva e cerceia,

Rumo a cisterna abissal

A morte,silenciosa,tece a tua teia

Em um elaborado golpe final

Sepulta no pó a matéria

Concluindo o ciclo em séries

Sob um arranjo de concreto

Vermes se fartam dos restos

Em um banquete asqueroso

Gases reverberam em fluidos ventosos

Completando o curso da agonia

Que celebra a sepulcral profecia

Da vida e da morte

Em sucessivas metamorfoses.

Serenlemos
Enviado por Serenlemos em 09/05/2016
Reeditado em 10/05/2016
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