A MORTE

A morte é que está morta 
Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia - enfim - despertarás... 

E o que esperavas ser teu suspiro final
é o teu primeiro beijo nupcial! 

- Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim - tão bela?!
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti... 

E ela, sorrindo, compassiva e calma: 

- E tu, por que é que me chamavas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma...

Mario Quintana

 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 28/04/2016
Reeditado em 28/04/2016
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