Soffrire
Padeço sem te ver, estou sozinho,
onde estão os arcanjos desta vida?
Prometi não haver mais despedida
e, cá estou, no esquife, que é teu ninho!
O Céu por ti pranteia e desespera
em cóleras extremas de tortura.
Nunca mais surgirá a primavera,
o horizonte é um castelo de amargura.
Teus súditos tão pálidos de medo,
hão de chorar partidos de tristeza...
E eu tombarei no caos da fortaleza
na austera solidão deste rochedo!
02 de março de 2016.