Dúvida Constante
Sujeito curioso
Sábio já idoso
Um tanto duvidoso
Tinha algo a perguntar
Qual a serventia
Da vida, rima e poesia
Se sabemos que algum dia
A morte irá chegar?
Não tinha a resposta
Fiz-lhe uma proposta
Então fizemos uma aposta
Que do por que eu iria achar
Procurei em todos os cantos
De buracos a barrancos
Infelizmente, no entanto
A questão não pude solucionar
Mas fui um pouco relutante
Pensei por mais alguns instantes
Pois, a vida é uma dúvida constante
E não temos que explicar
Apenas me contento
Com o gosto doce do alimento
E a brisa do vento
Que vem me refrescar
Com a flor perfumada
E o som de gargalhadas
Por ter ouvido uma piada
E ter amigos para a contar
Porque como um combate longo
Antes do ultimo tombo
No soar do gongo
A vida pode terminar.