Quando eu morrer...
Quando eu morrer, tu saberás..
Nem que seja preciso que eu mesmo te diga...
Prometo te assombrar em certas horas...
Se possível nas mais impróprias...
Quem sabe na noite... Em sonhos...
Na brisa fria dos dias...
Em algum verso tolo...
Escrito por algum poeta maldito...
Que reinará em tua atenção...
E, quem sabe então, jas...
Não apenas eu...
Mas todos os meus versos.
E se não lembrares...
Puxarei teus pés...
Não! Não de qualquer forma...
Alinharei-me ao teu corpo...
Em vão, tentarei te beijar o rosto...
E nesse instante...
Lamentando teu suspirar exposto...
Terei a certeza que morri.