Morra
Todas as tristezas que causam lágrimas
A guerra, que destrói famílias inteiras
A poluição que ameaça os rios, e rimas
Vertem poluídas, carcomidas, primeiras
Morra o que fere, maltrata, até a mágoa
Desfaça seus nós, limpe as tantas nódoas
Manchas que a alma leva, senão as lava
E o ser aos poucos sua própria cova, cava
Morra o espinho, a raiva, transforme mal
Em bem, o inimigo em amigo, verta o sal
Mas com amor, lágrimas raras, bom valor
E deixe morrer somente o ciclo e seu teor.