O Dia de Finados  é o dia da memória dos que tanto amamos em vida e como homenagem. por costume tradicional acendemos velas, levamos flores e fazemos orações em memória dos entes que já faleceram. Pela nossa f,é nossos entes queridos gozam das bênçãos da vida eterna. É o Dia de reafirmarmos o amor, porque amar é sentir que o outro não morre jamais. Cremos! Eu creio que no após vida terrena, viveremos em comunhão com Deus para sempre.

Madalena de Jesus


 
Desde o século 1º, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos mártires nas catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século 4º, já encontramos a Memória dos Mortos na celebração da missa. Desde o século 5º, a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. (Dia primeiro de novembro é dia de rezarmos por todos os santos pois há muitos santos que sequer foram conhecidos/ MJ)

Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) obrigam a comunidade a dedicar um dia por ano aos mortos.
Desde o século XIII, esse dia anual por todos os mortos é comemorado no dia 2 de novembro, porque no dia 1º de novembro é a festa de "Todos os Santos". O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia de Todos os Mortos celebra todos os que morreram e que não são lembrados na oração.

Mons. Arnaldo Beltrami – vigário episcopal de comunicação
 

 

O NASCER PARA O ALÉM...

Há quem morra todos os dias.
Morre no orgulho, na ignorância, na fraqueza.
Morre um dia, mas nasce outro.
Morre a semente, mas nasce a flor.
Morre o homem para o mundo, mas nasce para Deus.
Assim, em toda morte, deve haver uma nova vida.
Esta é a esperança do ser humano que crê em Deus.
Triste é ver gente morrendo por antecipação...
De desgosto, de tristeza, de solidão.
Pessoas fumando, bebendo, acabando com a vida.
Essa gente empurrando a vida.
Gritando, perdendo-se.
Gente que vai morrendo um pouco, a cada dia que passa.
E a lembrança de nossos mortos,
despertando, em nós, o desejo de abraçá-los outra vez.
Essa vontade de rasgar o infinito para descobri-los.
De retroceder no tempo e segurar a vida.
Ausência: - porque não há formas para se tocar.
Presença: - porque se pode sentir.
Essa lágrima cristalizada, distante e intocável.
Essa saudade machucando o coração.
Esse infinito rolando sobre a nossa pequenez.
Esse céu azul e misterioso.

Ah! Aqueles que já partiram!
Aqueles que viveram entre nós.
Que encheram de sorrisos e de paz a nossa vida.
Foram para o além deixando este vazio inconsolável.
Que a gente, às vezes, disfarça para esquecer.
Deles guardamos até os mais simples gestos.
Sentimos, quando mergulhados em oração,
o ruído de seus passos e o som de suas vozes.
A lembrança dos dias alegres.
Daquela mão nos amparando.
Daquela lágrima que vimos correr.
Da vontade de ficar quando era hora de partir.
Essa vontade de rever aquele rosto.
Esse arrependimento de não ter dado maiores alegrias.
Essa prece que diz tudo.
Esse soluço que morre na garganta...
E...
Há tanta gente morrendo a cada dia, sem partir.
Esta saudade do tamanho do infinito caindo sobre nós.
Esta lembrança dos que já foram para a eternidade.
Meu Deus!
Que ausência tão cheia de presença!
Que morte tão cheia de esperança e de vida!

Texto: Padre Juca - Adaptação: Sandra Zilio

 
Refrão 2x
La la la la la la
Hoje é dia de finados vamos relembrar
Velhos amigos que mais cedo foram descansar
Por motivos banais já não estão mais aqui
Mais olha a consideração até depois do fim
Dois de novembro céu nublado carregado
Ao lado do túmulo, relembro o chegado
A garoa no meu rosto se mistura as lágrimas
A lembrança de vidas que foram arrancadas
Precocemente, a maioria inocentes ou não,
Quem somos nós pra julgar derrubar um irmão
Cemitério lotado, parente revoltado
Quem foi disse que o crime adiantava o lado
Mas é assim o dinheiro fácil ilude
faz nascer a ganância
E o seu lado mais rude
patuções a esperança,a inocência,a decência
o ser humano é decadência,pede clemência
o socorro não chega,milhares de vítimas todo dia na
periferia
alguém perde a vida
Deus seria um salvador, um pastor, um pecador
o mais puro amor,Jesus cristo,nosso senhor
refrão 2x
dia de finados, flores, velórios ,cortejos, famílias
delegacia obtuso, morte natural aqui não é tão mal
parece mesmo uma comedia da vida real
química pesada periferia armada
construção do viaduto não utiliza da bala
mas que nada, pensam que somos lixo
jovens frustrados, escravos do vicio
cemitério são Francisco, gaminha
campo da esperança ou Planaltina
vidas perdidas na batalha eterna
corpos encontrados, vítimas da guerra
você foi uma delas que hoje eu venho lembrar
em sua memória acendo a vela para recordar
meu irmão, um dia eu vou te encontrar
infelizmente hoje, só resta uma cruz
um caixão, rosas, orações a Jesus
pra que em paz você possa descansar
e um dia de finados, pra vim te visitar
refrão 2x
quem me dera se meu verso fosse feliz
e meu poema alegre fizesse sorrir
mas não meu irmão, os mortos não revivem
o ritmo é lento e a poesia é triste
falar de morte, luto, cortejo, saudade
pessoas que se foram por atos covardes
e por ingenuidade se envolveram na vida do crime
melódia dramática, o som do sino no ringe
não citar nome na letra, é só mais uma homenagem
aos irmão da favela com nome escrito na lápide
se hoje você chora a perda de alguém
reze por sua alma, que deus o tenha, amém
hoje só mais um dia a vida continua
fica então a saudade e a música das ruas
ande na procissão, aqui carrega um caixão
ofereça na rádio, como se fosse oração
a letra escrita baseada em memórias
em pessoas que tiveram o seu dia de glória, lembrados
ao som de
Gugo cashirima e a voz do atitude feminina
Ah ah ah ah ah
Refrão 2x
La la la la la la la la
 
Maria Madalena de Jesus Gomes, Atitude Feminina, Padre Juca e Mons. Arnaldo Beltrami.
Enviado por Maria Madalena de Jesus Gomes em 03/11/2014
Código do texto: T5021124
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