Invólucro Insultado
De todos é sabido o quão implacável a certeza
De que a morte triunfará sobre a vida de todos...
E essa verdade, por si só, já é bastante aborrecedora,
Ultrajante e inconveniente aos seres viventes em geral...
Especialmente àqueles especiais que merecem vida eterna.
E seria cínico e hipócrita de minha parte se eu não assumisse
Que não desej(ass)e nem aspir(ass)e à vida eterna,
Tampouco que não me ache especial e merecedor disso.
Conformo-me com o facto de que o destino da humanidade é a morte...
E pior! Que o meu des(a)tino e (des)fortuna é morrer e falecer!!!
Inspiro e expiro... Inspiro e, então, expiro... E eu piro!...
Ter um corpo fraco que adoece vivo e apodrece morto
É algo como uma ofensa declarada! Um ultraje imperdoável!!!
Ter de ser um monte de carne e ossos em um açougue humano
Cuja carnificina moral torna putrefato o pensamento de honra e valor
Da conduta, do caráter e da ética em que é constituída a dignidade!!!
É uma tragédia que me faz amaldiçoar a minha própria existência...
Mas que deve ser cumprida em prol da ordem do universo!
Dor e sofrimento justificam o preço a se pegar pela vida
E pelo simples fato de viver e existir! Não ter desejado isso
Não valida agir de forma medíocre, baixa e desonesta!!!
Quem é fraco, tolo e feio o bastante a ponto de sequer
Lutar por si mesmo na esperança de um melhor patamar
Merece a pior de todas as dores: a de ser apagado completamente
E de nunca mais existir como se nunca tivesse existido!
Eu escolhi viver, sobreviver e lutar! Custe o que custar!
Se o preço for lágrimas, suor e sangue; então, que seja.
Se a minha certa derrota vier, não será sem luta...
(Bhrunovsky Lendarious)