CORPO NU
Do teu corpo nu, eu sou a sombra.
Quando se separa a pétala do cálice
Nesta dourada taça
Que me oferece
E no verniz das ceras que te revestem.
Do teu suor, eu sou o sal.
Que inexoravelmente arde tuas feridas
A meia noite enquanto te impregnas
Desta ardência nervosa que me atrevo a te entregar.
Do teu fôlego, eu sou o ar.
Que imperceptivelmente te alimenta
Enquanto executas pensamentos devassos.
Do teu sangue, eu sou a vida.
Que te escorre em fontes omnímodas
E alimenta a voracidade vermelha das minhas entranhas.
Dos teus sonhos, sou a alegoria.
Incógnita hibridez da tua lascívia
Para sempre inscrita na tua memória.
Do teu corpo nu, eu sou a sombra.
Quando se separa a pétala do cálice
Nesta dourada taça
Que me oferece
E no verniz das ceras que te revestem.
Do teu suor, eu sou o sal.
Que inexoravelmente arde tuas feridas
A meia noite enquanto te impregnas
Desta ardência nervosa que me atrevo a te entregar.
Do teu fôlego, eu sou o ar.
Que imperceptivelmente te alimenta
Enquanto executas pensamentos devassos.
Do teu sangue, eu sou a vida.
Que te escorre em fontes omnímodas
E alimenta a voracidade vermelha das minhas entranhas.
Dos teus sonhos, sou a alegoria.
Incógnita hibridez da tua lascívia
Para sempre inscrita na tua memória.