CHAPADO

*

Baseado em baladas orgiásticas.

Eu chamo a garotada lisérgica.

Vamos conversar sobre todos os devaneios.

Vamos trepar com tudo que for sem sentido.

Eu te proponho acidamente

uma adolescência sem medidas.

Eu te dou todas as reencarnações

da minha vida.

Eu te quero inteira em ossos.

Do cóccix até a posse

Do pescoço.

Eu te chicoteio!

Eu te rabuceteio!

Fotografias obscenas.

Eu não me meto a sair de cena.

A minha vida é um palco obscuro.

Minha vida é um poço sujo.

Meu tempo vai sendo carcomido.

As entranhas foram destruídas.

Por quê?

Ninguém sabe me dizer!

Ninguém consegue entender

nenhuma sílaba sequer

dos ecos do meu berro.

Eu te ofereço a minha cicatriz

por completo

Meu nariz não desentope!

Você me fala

que eu sou pop...

Cê acha mesmo?...

Porra! Merda!

Eu me estrepo nas estrepes da estrada do nada.

Maneiro! Bacana!

Eu me estrepo nas estrepes desta estrada extravagante.

Sou um viajante

dopado em festas meio degradantes.

Porém, meu espírito

Permanece melhor que antes...

FELIPE REY

* Escrito durante uma festa muito amalucada.

Felipe Rey
Enviado por Felipe Rey em 12/05/2008
Código do texto: T986388