O ARDOR DAS LAGRIMAS

O dia vai sumindo!...

Entre robusta desolação,

Após tantos não e não...

Absorvidos repentinamente,

Somados as já dormentes.

E diante de insanável assolação,

Ainda vem a escuridão!

De uma noite infrutífera,

Não prometendo um abraço,

Não presenteando um sorriso.

Cansada! Oprimida! Sem graça!

Olhando... Para o céu –

Tudo nublado, embrulhado,

Com sintoma e ardor de lagrimas!

Nuvens pousadas, nuvens paradas...

Tão escuras como amortalhadas!

Noite com afeição de saudades...

Os pássaros se aninham.

As flores choram.

Tudo silencia e calma,

Nem um eco disparado,

Exceto: exclamações! Interjeições!...

Dos corações apaixonados.

Djalma Pereira Guedes