O gato preto - parte I
Eu caminhava na noite
entre um tropeço e outro,
pelas ruas escuras
de meu caminho
também escuro.
As portas fechadas,
as pessoas presas
em suas próprias casas.
Eles eram como uma porção
de borboletas sem asas.
Estava tão longe de casa.
Conheço aqueles caminhos mortos,
meus fantasmas me ensinaram.
Conheço os semitérios
e suas histórias,
Sou filho desses mistérios todos,
ainda assim há pessoas que se assustam
quando passo com meus versos.
Eles são como estrangeiros
em seus próprios domínios.
Sentei sem derramar lágrimas.
Estava ainda longe de casa e perto de um gato preto.
O misticismo acendeu
suas velas brancas de exautação.
deitei e dormi.