Hora de parar e seguir

Pela janela que nunca abro

Através da porta que sempre fecho

A vida segue,eu fico

O telefone toca,não atendo

Confiro todas as trancas,nada adianta

A vida clama eu passo

Cadeados prendem correntes,meus pés

Tenho caminhado,marcado pelos cômodos

A vida rege,enquanto desafino

Nem sempre me agrado

Da anunciação do desfecho

Indo,vou-me muito bem

Para voltar,não mais aqui

Depois do tempo presente

Vão-se os dedos,ficam os anéis

Vêde agora o tom verde transparente

Escorra lôdo-pão,que o diabo amassa

Vida longa ao rei da ambição

Se água ou vinho,uva metade do caminho

Desejo,árduamente acertar-lhe

Lastimo ferir-te,infeliz tarefa

Foi...enquanto pude

Demasiado,impõe limites

Meu passo é largo

Saio confiante no egoísmo altruísta

Dantes brinquedo à posse de mim.