Noite que voltará a ser dia
Não aceito esse meu jeito
sem jeito pra coisas certas.
Eu que já vivi o amor
e suas formas
mais tortas.
Eu que abri,
fechei
e engoli todas as as portas.
Mas eu não aceito esse meu jeito
com trejeitos muito suspeitos.
Eu que abri o peito em tantos leitos
e vivo alterando rotas,
as mais remotas.
Eu que nasci,
cresci
e aprendi a morrer no fim.
Eu que me obrigo a viver assim,
sem saber da vida,
sem saber de mim.
Engulo risos e improviso
o que ainda está por vir.