Noite que voltará a ser dia

Não aceito esse meu jeito

sem jeito pra coisas certas.

Eu que já vivi o amor

e suas formas

mais tortas.

Eu que abri,

fechei

e engoli todas as as portas.

Mas eu não aceito esse meu jeito

com trejeitos muito suspeitos.

Eu que abri o peito em tantos leitos

e vivo alterando rotas,

as mais remotas.

Eu que nasci,

cresci

e aprendi a morrer no fim.

Eu que me obrigo a viver assim,

sem saber da vida,

sem saber de mim.

Engulo risos e improviso

o que ainda está por vir.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 09/04/2008
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