Vivendo ás avessas

Vivendo às avessas

Zanna Santos

Meu nome é juventude.

Audácia meu pseudônimo.

Meu fim um aguerrido começo.

Meu começo só uma preparação.

Prostrada sou serva,

Porem sábia, me mantenho de pé;

Ajoelhar só de braços abertos,

Agradecendo a Deus em oração.

Meu mundo é multicor.

Ontem senti frio, hoje só calor.

Colhi frutas na primavera;

No outono exalei aroma de flor.

Minha verdade é loucura,

Meus amores ilusão;

Sobre a mesa só fartura,

No meu peito solidão.

O medo me atiça,

A coragem me detém,

Sou órfã do bom senso,

Adotou-me a insensatez.