O Louco (psicopatologia I)
Os muros são altos, de concreto
e os passos são limitados,
uma câmera por perfil
Mas o que apavora passa desapercebido.
Os verdadeiros muros são feito vidro
e aprisionam a alma
Por aqui desfilam almas desejosas.
Sim, pela chuva a purificação
de todo mal de algum ano ruim
que perturba o pouco que sobrou
da lucidez pelos outros desejada.
Dentro de mim mora um outro alguém
que expulsa, maltrata, invade
e me abandona em extrema convulsão
Com terríveis monstros e vozes
que me consomem peça por peça
junto ao meu medo da escuridão
Leve-me daqui,
não me deixe só
com meus sonhos ruins.