SOB O SOL DO MEIO DIA

A multidão olhava...
A multidão ouvia,
A multidão sussurrava,
Cristalina euforia.

A multidão multiplicava,
A multidão queria,
A multidão clamava,
Sob o sol do meio dia.

Pula! Pula filho da puta,
Pula seu desgraçado,
Apague logo o seu passado,
Acabe logo com essa luta.

Foram tantos os clamores,
Para o final do show,
Para o final de suas dores,
E desamores,
Que ele então,
(pássaro ajaezado, mas, desalado),
Lançou de si na imensidão;
...Pulou.

A multidão (agora) calada,
Cinzelada – se retirou.