Fuga às Mãos Atadas

A boca muda

Caneta e papel à mão

Um desejo atropelado

Num consenso sem reflexão

Minha mão acelera

Minha mente se atribula

Eu não consigo conter

Toda esta loucura

Há uma realidade

Mas não há razão

Há uma vontade

Mas não há ação

Então eu me escondo

Em versos tão limitados

Em um desejo hediondo

Em modos desgovernados