NO ESCURO


Olhou para o leste,
Rasgou as vestes,
Soltou um urro...
Deu um muro,
Bem no meio da testa,
Arrancou as arestas,
Rodopiou em si,
Lá sol que ainda está por vir,
Atirou-se no chão,
Sem dó- sem ré – sem mi,
Sem (ou com) razão;
Sentiu-se no melhor motel,
Lambuzado do mel,
Misturado com a cor,
Do auge de brigitte Bardot,
De repente,
algo reluzente
Apareceu em sua mão,
Penetrou o seu coração,
Corpo estirado,
Calado no escuro,
Duro - de excitação.