DIÁFANA GEOMETRIA
No marejar de tuas pálpebras
sondei tua geometria escondida.
E vi um atilamento perspicaz
numa só lavra entristecida.
Na ilusão de cada vitória
tanta lágrima escorrida
construindo tua história
sobre a razão talvez, perdida.
Mas o que mais me impressionou
foi o traçado de teu destino
que num tem-tenzinho se fundeou
quando riscaste o nome cristalino
daquela que teu coração ganhou.
Vê que o rio torturado perene
e desaguado, corre para um mar,
desejando abrir a cauré da higiene
pra poder então, te navegar.
Abra-a,
respire,
sorria
e
serene...