AQUELA ESTRELA

Noite de luar,
Abrir os braços,
Brincar de voar...
Conquistar o espaço,
Se encantar,
Ser dono do infinito,
Indefinido circuito,
Tocar aquela estrela; sê-la,
Ao mesmo tempo, pertencê-la,
Como um lunático sem causa,
Dar uma grande pausa,
Para o meu eu limitado,
Conhecer o outro lado,
Alado com a imaginação,
Dar vazão à loucura,
Cândida ternura,
Que se dane a razão,
Nesse vôo enluarado,
Reencontrar o sentido,
De um menino escondido,
No fundo do meu coração,
Assustado com a correria,
Com a rigidez dos dias,
Reencontrar a alegria;
Nela me apegar,
Encher de lume o olhar,
E quando sugir a brisa matinal,
fazer da vida um grande festival.