SONHEI
Sonhei!
Um dia sonhei poder escrever
Não com um bê-á-bá corriqueiro, comum!
Sonhei poder escrever o pulsar do meu coração
Onde os instrumentos usados não eram os indicados!
Ao invés do papel usaria a folha do sentir...
Uma folha mágica reagindo à pena da escrita
Que nada mais era que o meu querer...
Num tom rubro, do sangue que corre nas veias
A alimentar essa pena, deslizando nas pautas...
Pautas do meu destino, nem sempre bem delineado!
E o máximo que consegui
Foram traduções pequenas...
De um amor que de tão imenso
Consumiu, secou minha pena!
E a escrita não aconteceu...
O sonho só foi sonhado!
Só sobrou mesmo o amor...
Um amor-martírio, encantado!